Eu gosto muito de cachorro vagabundo
Que anda sozinho no mundo
Sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sargeta
Que quando escuta corneta
Sai atrás do batalhão
Eu gosto muito de um cachorro vagabundo
Que anda sozinho no mundo
Sem coleira e sem patrao
Gosto de cachorro de sargeta
Que quando escuta corneta
Sai atrás do batalhão
E por falar em cachorro
Sei que existe lá no morro um exemplar
Que muito embora não sambe
Os pés dos malandros lambe
Quando eles vão sambar
E quando samba já está findo
Vira-lata está latindo, a soluçar
Saudoso da batucada
Fica até de madrugada
Cheirando o pó do lugar
Áu
Ôieieiô...
Cachorro...cachorro...cachorro...
cachorro...cachorro...cachorro...
Cachorro vagabundo...
Cachorro...cachorro...
Cachorro vira-lata
Óieu...
Ôieieiô...
Cachorro vira-lata
Áu... áu...
Eu gosto muito de cachorro vagabundo
Que anda sozinho no mundo
Sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sargeta
Que quando escuta corneta
Sai atrás do batalhão
Gosto e gosto mesmo é de um cachorro vagabundo
Que anda sozinho no mundo
Sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sargeta
Que quando escuta corneta
Sai atrás do batalhão
E até mesmo entre os caninos
Diferentes os justinhos costumam ser
Uns tem jantar a almoço
Outros nem sequer um osso de lambuja pra roer
E quando passa a corrocinha
A gente logo adivinha a confusão
Sujou
O vira-lata coitado
Que não foi matriculado
Desta vez virou sabão
Lá vem o cachorro
Descendo a ladeira
Ôieieiô...
Cachorro...cachorro...cachorro...
cachorro...cachorro...cachorro...
Cachorro vagabundo...
Alberto Ribeiro